segunda-feira, 31 de maio de 2010

Purtan Kohan - Fragmentos de Antonin Artaud




Ontem a noite fiquei muito feliz. Estava como o filho prodigo, em retorno a casa de meus pais em Sumaré-SP, quando o Manara me avisa pelo Orkut que o Purtan Kohan havia ganhado o Mosquete: a mostra de esquetes da Semana de Artes da UFOP.
Os ultimos meses imerso nesse processo foram muito significantes e questionadores. Quando a Dani me convidou para atuar para ela, e mais tarde a Lis, nos debruçamos sobre a vida e obra de Artaud, sem saber de fato o que iriamos fazer. Elejemos trabalhar com "Van Gogh - O Suicidado da Sociedade" e "O Teatro e a Peste". A os poucos, esses textos foram sendo incorporados a nossa pele, a nossa mente e a nossa vida por fim.

Nessa fase em que me preparo para deixar a acadêmia e me formar, as noites adentro nunca foram tão longas enquanto escrevo meu portfolio/tcc. Nunca pensei e repensei tanto os meus valores enquanto artista e educador. Que bom compartilhar esse processo, essas inquietações com outros. Que bom identificar-me com Artaud, Van Gogh, Dani, Lis, Saulo, Elias, Mari... e tantos outros que acreditam numa arte autônoma, não alienante, resistente a mercantilização da arte e da industria cultural.
Numa arte que forme.
Que comunique.
Que critique.
Que é engajada.
Que nos tira do lugam comum.


"Absorveu a natureza, por que, por assim dizer a retranspirou e a fez sua. Por que a fez jorrar em feixes, em girândolas monumentais de cores, assustadora pressão alimentar de apóstrofes, estrias, virgulas... Das quais não se pode dizer que os aspectos naturais não sejam fatos. É a verdade tórrida de um sol de duas tardes. " A.A.







Ficha Técnica:
Direção: Daniela Moreno
Atuação: Henrique Dutra e Lis Nasser
Musica Cênica: Elias Mendes e Saulo Campos
Iluminação: Mariana Zippinotti
Figurino, Cenário e Produção: O Grupo
Fotos: Ronald Peret e Nayara Gerin